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NIETZSCHE CONTRA OS ERUDITOS: A DEFESA DA EDUCAÇÃO DO GÊNIO

 

Este trabalho mostrará como Nietzsche pensa a educação moderna e como essa formação propicia o surgimento do tipo de homem decadente, o erudito. Além disto, o intuito aqui é também mostrar o porquê de Nietzsche encontrar em Schopenhauer um exemplo de formação superior, isto é, uma educação libertadora em que o homem possa assumir todos os seus impulsos e suas forças. O filósofo propõe a partir disto, um tipo de cultura cujo pensamento esteja em afinidade com uma vida afirmadora de si mesma e não uma cultura que privilegie uma vida submersa em ideais que provocam a evasão do homem de si.

 

PERIÓDICO REVISTA PARANAENSE DE FILOSOFIA, V. 5, N. 1, P. 75 - 93, JAN./ JUN.  2025. 

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G.E. MOORE E A BONDADE: REVISITANDO O PRIMEIRO CAPÍTULO DO PRINCIPIA ETHICA

Este trabalho visa apresentar as teses a respeito do conceito de ‘bom’ defendidas por George Edward Moore no primeiro capítulo de seu Principia Ethica (1903), um clássico que é considerado o livro fundador da metaética como uma área de estudo na Ética. O segundo objetivo é comentar a sua recepção na Filosofia Analítica das últimas décadas. Moore defende, essencialmente, duas teses em seu primeiro capítulo do Principia: uma metafísica, que diz respeito ao ‘bom’ como não natural; e uma epistemológica, que defende a intuição ética como meio para conhecê-lo. Segundo Moore, o ‘bom’ é a única propriedade moral, que certas coisas partilham de diferentes maneiras, sendo seu caráter simples, de ordem não natural e indefinível. Para fundamentar esta ideia, ele apresenta o famoso argumento da questão aberta e caracteriza a “falácia naturalista”. Para além do sucesso de sua teoria, que se mantém controversa entre os especialistas, Moore demonstrou e assegurou algo crucial: a autonomia da Ética em relação às ciências empíricas, tema que este trabalho também aborda. Sucedendo a apresentação das teses mooreanas, o artigo analisa objeções e leituras de comentadores mais recentes, como Peter Railton, Darlei Dall’Agnol, Judith Jarvis Thomson, entre outros, resgatando a metaética mooreana a partir de uma ótica atualizada.

PERIÓDICO ANALÓGOS - 2024 N.1 (PUC-RIO)

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A BELEZA INTERESSADA: A CRÍTICA DE NIETZSCHE À ESTÉTICA DE KANT

Kant argumentou, em sua Crítica da faculdade de julgar, que a apreciação estética do belo ocorre de modo desinteressado, promovendo uma suspensão dos instintos sensíveis e racionais. Nietzsche contestou essa visão na Genealogia da moral, argumentando que a apreciação do belo está intrinsecamente relacionada aos nossos desejos, paixões e interesses individuais. Primeiro passando pela leitura de Heidegger, de que Nietzsche, devido à influência de Schopenhauer, tenha talvez interpretado equivocadamente a Kant, o artigo busca mostrar a interpretação de Nietzsche da “beleza desinteressada” enquanto fruto da má consciência em vista de desacreditar haver algo como não-egoísmo. Em seguida, expõe a argumentação apoiada na compreensão de que o belo estimula nossas forças, vivências e desejos, dando sustento à noção de beleza interessada. Por fim, a partir da concepção epistemológica do perspectivismo, aborda-se a rejeição de Nietzsche da noção de sujeito transcendental de Kant e do modo como, ausente de sujeito, restam apenas as forças e suas dinâmicas de vontade de poder

PERIÓDICO ALAMEDAS  VOL. 12  N.1  –  2024 (UNIOESTE)

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SCHILLER E A PROMESSA POLÍTICA DA EDUCAÇÃO ESTÉTICA

 

Este trabalho investiga como a teoria do filósofo Friedrich Schiller sobre a beleza apresenta um novo tipo de liberdade, com o estado estético da mente, que carrega uma promessa política. Schiller defendeu que, quando contempla a beleza, nenhuma aptidão domina o sujeito, que atinge um estado de suspensão, ativo e passivo ao mesmo tempo: o estado estético. Nele, ambas as suas legislações, sensibilidade e razão, se harmonizam. Jacques Rancière argumentou, em Mal-estar na estética, que a educação estética de Schiller pode ser uma alternativa à ideia de revolução política, por configurar uma nova experiência do sensível onde todos são iguais. Como apontou Rancière, há, na experiência do jogo estético, a revogação do domínio que a razão estabelecia sobre a sensibilidade, tal como daquele empreendido pelo opressor sobre o oprimido. Este regime da autonomia na forma de experiência do sensível se lança, para além do estético, ao político, da beleza à liberdade.

PERIÓDICO PÓLEMOS - REVISTA DOS ESTUDANTES DE FILOSOFIA DA UNB - 2023

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EDUCAÇÃO ESTÉTICA: DO BELO AO PAU-BRASIL

Antes do surgimento do discurso filosófico, os poetas foram os educadores da civilização ocidental. Platão conhecia bem a potência de pensamento da arte e dos mitos, de modo que os artistas constituíam uma ameaça aos alicerces de sua República, da qual os expulsou. Com algumas exceções, educação e estética mantiveram-se divorciadas até a era moderna. Entre os maiores transgressores dos muros da República, está o alemão Friedrich Schiller, poeta e dramaturgo, mas também historiador e filósofo do século XVIII. Filho da poesia, além de dedicar anos à Filosofia, Schiller defendeu que o cultivo da sensibilidade era uma etapa necessária para o pleno desenvolvimento humano.

 

No Brasil, tanto mais tarde no Tropicalismo, como já no Modernismo, uma forte tradição de pensamento se consolidou por meios artísticos. Os movimentos culturais, via artes plásticas, literatura, música e cinema, promoveram uma singular espécie de educação estética, compromissada com a identidade e a formação nacional. Este ensaio investiga como o Modernismo Brasileiro, em seu contexto, respondeu à reivindicação schilleriana de uma educação estética [...]

PERIÓDICO ALTER VOL. 16, N. 1 – 2022 (PUC-RIO)

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